"O que quer que nós já tenhamos sido, nós não somos mais uma nação cristã... pelo menos não somente"
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Tais palavras seriam sons de um novo mundo? Uma nova ordem mundial? O anticristo, que alguns cristãos fanáticos - e ressentidos - vociferam? (...) De fato, não! Porém, não menos importante do que o anticristo, Barack Hussein Obama tem se saído muitíssimo bem. Pelo menos até agora. Dotado de uma oratória invejável, e de discursos impecáveis [outros diriam impagáveis], o novo presidente dos EUA é considerado, por muitos, como um divisor de águas na política partidária estadunidense. Até mesmo Hugo Chavéz se fez presente nesta crescente lista de positivistas que acham que a vitória de Obama é uma virada de página, como bem afirmou: a vitória de Obama "é o sintoma de uma mudança de época", de acordo com a agência "Brasil de Fato".
Obama propõe um governo que não conta com a ação divina como um elemento que viria para solucionar a grave crise financeira estadunidense. Chegou a sugerir que ainda que fosse levada em consideração uma intervenção divina, segundo o cristianismo, que ele não saberia qual o segmento cristão ele poderia aplicar como sendo o verdadeiro. De certa forma, isso incomoda e irá incomodar muitos cristãos ao longo destes anos em que ele permanecerá na Casa Branca, porém, não podemos esquecer de que a sua proposta parte do princípio de igualdade que o EUA sempre apregoou como sendo o certo a ser seguido. Ter igualdade dentro de uma nação é agir como um Estado laico, sem qualquer esperança de que uma intervenção divina poderá surgir a qualquer momento, e que não faz acepção de pessoas.
Bom, vimos em vários outros momentos que o messianismo não proporcionou melhoras consideráveis. Em grande medida, a expectativa que está nas costas de Obama pode se transformar numa grande decepção, basta que todos conheçam a verdade por detrás de Obama; que ele não é o anticristo ou um messias. Desta forma, todos verão que ele é apenas um homem comum que um dia teve um sonho, tal qual um senhor, igualmente comum, que um dia mudou a história mundial justamente por não aceitar que jogassem terra em seu sonho. Tal homem comum era conhecido como Martin Luter King.
Fernando Henrique Liduário Maximiano