quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Aplicando a Teoria Crítica da Comunicação na campanha eleitoral de Márcio Lacerda

Um dos aspectos mais trabalhados na construção de uma campanha eleitoral é que o candidato deve passar aos eleitores uma condição de completa ignorância sobre os temas abordados numa dada campanha. Colocar o eleitor na situação de absorver ordens, indicações e proibições só é conseguido após uma constante insinuação de que aquele candidato é o “salvador da pátria” ou ele é mais bem preparado do que ele, o eleitor. E a Teoria Crítica se dispõe a discursar acerca deste assunto e, desta forma, amenizar os efeitos dos Mass Media sobre a população.

Tendo como objeto de estudo a campanha do candidato a prefeito de Belo Horizonte, senhor Márcio Lacerda, este breve trabalho fará uma breve analogia crítica tendo como premissa a lente da Teoria Crítica da Comunicação.

O principal Plano de Governo de Marcio Lacerda é justamente ter as portas abertas para o governo estadual, na pessoa de Aécio Neves. Lacerda conduz a sua candidatura nos trâmites da nostálgica sensação [esta sensação, em grande medida, fomentada em sua campanha] de que os que o antecederam, na prefeitura, poderiam ser responsáveis pelo êxito que ele teria como prefeito de Belo Horizonte. Em termos mais diretos, Lacerda se preocupou em se fazer valer às custas de personalidades consagradas no cenário político estadual e nacional, construindo uma imagem de que terá na segurança de suas palavras [tendo em vista que o seu oponente demonstrou não ter o domínio de seu plano de governo] e no apoio, o seu sustentáculo para poder apregoar a idéia de que não há outra pessoa melhor preparada do que ele para assumir a prefeitura de Belo horizonte.

Outra questão que poderia ser tratada a partir da Teoria Crítica é o fato de dois indivíduos se unirem num conluio e levantar uma pessoa ao status quo de infalível administrador e extremamente hábil a assumir uma prefeitura sem ter uma vida política que o fizesse por merecer tal mérito. A óbvia intenção de manipular tanto esta quanto a próxima eleição [através de jogos políticos que sempre enfraquece um em detrimento a outro] não pode ser ignorada, mas questionada.

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