segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Mergulho nos doces mares de Minas

Mesmo longe do litoral, o estado é destaque também em um esporte inusitado para quem tem uma geografia acidentada e montanhosa: o mergulho

Por Nando Max

Minas Gerais, o estado brasileiro com maior concentração de montanhas no Brasil. Por conta da sua geografia, se destaca pelas paisagens de perder o fôlego e por ser uma potência nos esportes de aventura. Entretanto, é o segundo estado em um esporte que, pelo menos na essência, teria maior referência no litoral: o mergulho. É o segundo em número de mergulhadores registrados. Há alguns anos, os mineiros descobriram que aqui é o lugar certo para a prática do mergulho. Os mineiros estão indo cada vez mais a fundo, seja nos lagos, nos rios e até no mar.

O mergulho é recomendado para qualquer pessoa acima de 10 anos – em uma das escolas, o mínimo é de 15 anos –, sem limite de idade. Segundo o instrutor Charles Alvarenga Miranda, 31 anos, instrutor da Escola de Mergulho Mar a Mar, o mergulho é um esporte de endorfina e não de adrenalina. Esporte de endorfina é aquele no qual a dor ou o medo são substituídos pelo prazer. Neste caso, o coração do mergulhador tende a desacelerar, acomodando-se e apreciando o momento. É comum nos esportes radicais de aventura o organismo liberar adrenalina, mas não no mergulho. Os lugares mais procurados em Minas para a prática do mergulho são: Lagoa dos Ingleses, Mariana (Mina da Passagem), Escarpas do Lago e Serra do cipó (Véu da Noiva).

Onde aprender

Na capital mineira existem aproximadamente três escolas de mergulho que são regularizadas. Elas são submetidas às certificadoras de mergulho internacional, tais como PADI (Professional Association of Diving Instructors) e a SSI (Scuba Schools International). Acima destas certificadoras, uma entidade chamada RSTC (Recreational Scuba Training Council) determina a carga horária e os métodos que serão utilizados em todo mundo como exigência de conclusão do curso.

O curso tem a duração de 20 horas, que é divido em dois módulos: o primeiro com 10 horas de aula prática e 10 horas de aula teórica. O aluno tem a possibilidade de escolher realizá-lo em um fim de semana ou em qualquer dia útil. O preço do curso varia entre R$ 480, para quem possui equipamento, a R$ 544 – para quem deseja utilizar o equipamento da escola. Depois de concluído o curso, o aluno deverá desembolsar um valor que varia de R$ 429 a R$ 600, preço que inclui a viagem e o exame que irá verificar suas habilidades como mergulhador. Ao término, receberá o certificado de mergulhador autônomo.

Uma novidade?

Segundo Charles, a prática do mergulho não é nenhuma novidade para os mineiros. Minas é o segundo estado em números de mergulhadores registrados no Brasil. Só perde para São Paulo. “O fato de não termos mar fez com que criássemos uma cultura turística”, diz. Por isso, continua Charles, “um grande número de mineiros busca as cidades litorâneas em suas férias; o mergulho associa uma atividade a mais em suas viagens”. Além disso, o aumento da consciência ambiental está fazendo com que a humanidade busque esportes que não agridam à natureza.

O mergulho é uma prática esportiva que visa, principalmente, conscientizar os praticantes de que o ecossistema aquático é fundamental para nossa existência. O apelo ecológico, junto com o prazer único, faz com que a prática do mergulho esteja em ascensão. Além disso, o Brasil já possui uma infraestrutura adequada para uma demanda que tende a aumentar. Cabe ao aluno, após conquistar sua carteira de mergulhador, continuar estudando e se aprofundando para um dia vir a ser um instrutor.

BOX - Riscos

Apesar de ser considerada uma atividade segura, esta é uma prática que requer uma atenção especial. Muitas vezes, a beleza do ambiente aquático tira do mergulhador este zelo necessário que pode levá-lo a conseqüências trágicas. “Ao contrário dos esportes de adrenalina, a sensação de conforto e bem-estar proveniente do mergulho fazem com que esta prática seja recomendada a todos”, explicou.

Um caso para ser lembrado é o do ex-técnico da seleção brasileira de futebol, Cláudio Coutinho. Exímio mergulhador de apneia — o mergulho sem utilização de cilindro de oxigênio —, que tinha nesse esporte um dos seus principais hobbies. Em 27 de novembro de 1981, Coutinho faleceu em um mergulho próximo às Ilhas Cagarras, no litoral do Rio de Janeiro, em frente à praia de Ipanema. Apesar de atleta, relatos dão conta de que ele estava se sentindo sem fôlego quando arriscou o mergulho. Talvez por conta da alta confiança, desprezou as recomendações e mergulhou assim mesmo.
BOX


Serviço — Divelife Escola de Mergulho. Tel: (31) 2512-2309 – procurar pelo instrutor Felipe Lima.

Escola de Mergulho Mar a Mar. Tel: (31)3225-0029 – procurar pelo instrutor Charles Alvarenga Miranda

O retrato de uma inocência roubada

Por NandoMax

Com o futuro roubado, menino afirma como foi obrigado a deixar a segurança de sua casa e ir morar na rua, onde conheceu as drogas e teve que se prostituir para viver.

Ramon (nome fictício) mora nas ruas de Belo Horizonte há dois anos. Por recusar a manter relações sexuais com o seu padrasto, foi expulso de casa e obrigado a se prostituir — “Minha mãe não acreditou em mim e eu vim para a rua”, explicou. Na rua, fez algumas amizades, mas apanhou muito de outros meninos que eram mais fortes. Em meio aos programas e as drogas, conta o que teve de fazer para se manter vivo.
Apesar de aparentar ter menos de 14 anos, quando perguntado, afirmou ter 17 anos. Com a frieza de quem sofreu em tão pouco tempo o equivalente para uma vida inteira, conta a sua história. Com um mentor mais velho aprendeu a ganhar a vida se prostituindo. “Ele levou eu e outro rapaz” — este rapaz conhecido como Lourival — “para um galpão abandonado e mandou que fizéssemos sexo com um homem”, contou. Após ter cobrado dez reais do homem, Ramon só recebeu dois reais. Uma contabilidade que os que vivem na rua conhecem muito bem. Os mais fortes exploram os mais fracos.

Não Foi Fácil

O adolescente diz que toda vez que sai com um homem mais velho se lembra do padrasto. “Ainda mais quando o cliente insiste em não pagar o combinado”, por ter um corpo franzino, “ele me paga com chutes e pontapés”, contou calmamente. Em algumas oportunidades, ele consegue revidar o ataque com pedras. Relembrando uma ocasião, Ramon diz ter acertado a cabeça de um homem que não quis pagar pelo programa — “sangrou muito”, disse.
Para escapar daqueles que não pagam o programa e ainda o agridem, Ramon prefere fazer ponto na região do Mercado Central. Nesta região, os clientes são mais velhos e por isso, menos beligerantes. A maioria de seus clientes tem carro. Se o cliente não tem carro, eles procuram um ambiente debaixo do viaduto que fica na Avenida do Contorno, perto do Shopping Tupinambás.

A Cumplicidade

Logo no início da reportagem, como condição para a entrevista ser realizada, Ramon chamou um rapaz que estava à distancia observando tudo. O nome do colega é Lourival. Loirinho e com o olhar que entregaria uma curiosidade inerente a toda criança, disse ter 17 anos, mesmo sendo menor que Ramon. Lourival reforçava o depoimento de Ramon com algumas intervenções.

Quando perguntado sobre o uso de drogas, Lourival nega. Entretanto, depois de alguma insistência, confirmou que ambos fumavam crack por ser mais barato. “Maconha é caro”, contou Lourival. Em dias frios, o rapaz disse que é melhor consumir cachaça – “Dá tonteira, mas esquenta a gente”, explicou. Enquanto respondia, os dois retiravam suas mochilas e mostravam o seu conteúdo: desodorante em aerossol, cuecas e camisetas, pacotes de biscoitos e um maço de cigarro. “o desodorante é para não espantar o cliente. Tem dia que não dá para tomar banho”, confidenciou.

E o futuro...

Os dois adolescentes afirmaram não usar nenhum preservativo. Com pouco conhecimento acerca da importância do uso da camisinha, ambos usaram como desculpa o alto custo do preservativo. “Custa caro, além do mais, é obrigação do cliente”, explicaram. Apesar da pouca idade, as conseqüências de suas vidas começaram a aparecer. Ambos trazem pequenas manchas pretas em suas pernas. Sintomas de que estes garotos podem estar contaminados com o vírus HIV. Tais manchas são conhecidas como Sarcoma de Kaposi, uma espécie de câncer que surge quando a AIDS se manifesta.
Após a entrevista, como exigência que Ramon impôs, ambos receberam um prato de espaguete e dez reais. Felizes por ter ganhado, em tão pouco tempo, mais do que ganharia em um programa, responderam num tom de cumplicidade o que iriam fazer com o dinheiro: “A gente vai brincar no fliperama”. Uma resposta que, pela primeira vez, desde o início da entrevista, mostrou duas crianças agindo como crianças.

Profissionais do jornalismo provam do seu cotidiano

Por NandoMax
No dia 26 de outubro, a turma do segundo período de jornalismo recebeu dois jornalistas para uma entrevista coletiva. Rejane Ayres e Rodrigo Soares responderam às perguntas da turma sobre suas respectivas funções. Rejane Ayres é jornalista e apresentadora de um programa da rádio OIFM. Entre suas respostas, o que mais destacou foi o perfil certo para exercer uma função tal e qual a dela. Rodrigo Soares trabalha no Jornal O Tempo. Especificamente, Soares escreve para a editoria de Cultura. Apesar da pouca experiência, ambos acrescentaram informações pertinentes sobre a prática do jornalismo. “Cada dia são onze páginas em branco para serem preenchidas”, ensinou Rodrigo.

Belo Horizonte será palco da turnê Faith No More

Por NandoMax

Com um estilo único, a banda Faith No More está novamente na estrada. A carreira da banda é marcada por grandes apresentações e Patton promete um final espetacular para BH.

Após se apresentarem em quatro cidades do Brasil, a banda Faith no More encerrará a turnê brasileira tocando para os belo-horizontinos. Mike Patton, vocalista da banda, promete fechar em grande estilo a participação da turnê brasileira. Após terem se separado, em 1998, Faith no More voltou com sua formação original. Para delírio dos fãs em Beagá que, pela segunda vez, prestigiará uma apresentação histórica no Chevrolet Hall, a apresentação contará com antigos sucessos, como Easy, Epic e Falling to pieces. O show será dia 8 de novembro, domingo, às 20h. Os ingressos variam entre R$140,00 (1º lote) a R$200,00 (4º lote).

Descaso ameaça shopping

Por NandoMax

Chegando ao ponto de ser considerado símbolo do Capitalismo bem sucedido e centro de grandes possibilidades para os positivistas, todo shopping busca, na vastidão de suas lojas, agradar até o mais rígido dos consumidores.


Apesar da conhecida aparência de perfeição que todos os shoppings tentam passar, uma denúncia fez parecer que os dias de glamour já estão chegando ao fim. Na noite do dia 28 de setembro, segunda-feira, o auxiliar de serviços gerais André – ele só revelou o primeiro nome – disse que o shopping Del Rey não possui uma boa condição de segurança. “Este shopping só não veio à baixo até agora porque Deus não quis”, confidenciou o auxiliar.

Banheiros limpos, corrimões reluzentes e um chão impecável. Tudo como manda o figurino. Mas visitando os bastidores do shopping fica fácil observar que nem tudo é perfeito. Convidados por André, os repórteres NandoMax e Amanda Carolina adentraram nos bastidores do estabelecimento afim de constatar o que o auxiliar resumiu como “descaso total”. Carrinhos de limpeza quebrados, fios elétricos dependurado e um sistema de hidrantes sem uma devida inspeção – “como pode vê, essa é a condição em que trabalhamos”, debochou. Indo além, em um lugar conhecido como DOCA, André conta que vários de seus companheiros estão tendo problema com o manuseio dos produtos de limpeza. Ele disse ainda que vômitos, irritação nos olhos e mal-estar são corriqueiras em seu dia-a-dia. “Esses produtos que nem sabemos de onde veio está nos deixando mal”, apesar disso “o serviço tem de ser feito”, revelou.

Enquanto dava entrevista, André confidenciou os motivos pelo qual ainda se mantém neste emprego. Apesar de tudo, o amor fala mais alto. Vindo da cidade de Itabirito, o jovem auxiliar se aventurou a vir para Belo Horizonte em busca do seu amor. “Ela teve de vir para BH e eu, depois de um tempo, vim atrás dela”, entusiasmou-se. Pela primeira vez, desde que iniciou a entrevista, aquele rapaz magro e sem expressão facial, mostrou-se humano ao rasgar um belo sorriso de felicidade – “Apesar de todas as coisas, valeu a pena”, concluiu.

Os repórteres procuraram a assessoria de imprensa do Shopping Del Rey para saber a posição deles perante tais denuncias. Apesar da gravidade, Isabel Borges, que se apresentou como assistente da assessora responsável pelo Shopping, preferiu omitir sua opinião. “Envie-nos um e-mail para que tais denúncias possam ser oficializadas”, desdenhou.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Extinção programada ou mais uma pedra no caminho?

Por Fernando Maximiano¹

O leitor do século XXI apareceu com uma necessidade de estar atualizado que modificou a sua relação com a informação. O que antes demandava um tempo considerável, hoje é feito em apenas alguns cliques. A diferença de velocidade em que a informação é transmitida – difundida – pela web, firmou um novo crivo a ser seguido por todos os meios de informações existentes. O indivíduo não vai esperar para estar bem informado, o indivíduo pós-moderno tem pressa. E é exatamente esta pressa que está fazendo com que muitos jornais – principalmente os estadunidenses – não se adaptem a esta nova maneira de lidar com a informação e venha fechar suas portas.
Pensando neste novo leitor e na forma em que é concebida a disposição social (quem tiver a informação terá vantagem em todos os nichos da política e da economia) é que os jornais impressos se viram na necessidade de mudar sua abordagem para não serem extintos. A plataforma utilizada pelos jornais impressos possui limitações que na web é ignorada. Não há limites de espaço e o que conta é a quantidade de notícia apurada. Tem-se início, assim, a uma corrida onde a qualidade exigida é proporcionalmente inversa às condições de trabalho do jornalista que está no meio impresso.

“O redesenho das páginas impressas segue uma tendência de adaptação a uma leitura rápida ou lenta, linear ou multilinear, com o desmembramento de uma mesma reportagem em boxes e infográficos, como se fossem links mentais, numa metáfora do próprio funcionalismo cerebral.” (REIS 2007, p. 10)


Para o jornalismo impresso esta não é a primeira vez que sua adaptação será necessária para que possa sobreviver. Sempre quando um novo meio de comunicação surge, os demais são forçados a mudar para não serem engolidos pela novidade. Só que o problema do jornal impresso não é somente o surgimento de um novo meio de comunicação (web), mas de uma questão legítima e salutar em nossa contemporaneidade: sustentabilidade. Obviamente que na atual conjuntura mundial, a derrubada de árvores para fabricação do papel, que será usado na impressão do jornal e de livros, não é uma alternativa bem vista pela sociedade. Pensando nisso, em alguns países como os EUA, Japão e na Europa, os jornais impressos estão dando lugar ao jornal feito de telas de alto contraste, mas sem emissão de luz. Em alguns modelos, o aparelho é maleável o suficiente para ser enrolado e posto por debaixo dos braços. Esta é uma grande alternativa para quem não quer comprar o jornal impresso e também não quer perder sua praticidade – maleabilidade – e, também, para quem não tem paciência de acompanhar através da tela de um computador suas notícias.
Sendo esta nova tecnologia cara demais, os jornais ainda têm uma sobrevida considerável para se manter presente no mercado. O tempo para que se possa pensar e tomar decisões sobre o seu futuro é justamente este no qual está inserido. Pois conta com todas as possibilidades de um novo século de descobertas tecnológicas, porém, de maneira sustentável. Mesmo não pegando carona no senso popular, que já decretou o fim do jornal impresso para a próxima geração, é fato notório que o jornal impresso está perdendo espaço em meio às cobranças exaustivas que o estar informado acomete ao indivíduo. Segundo a revista Economist², que destacou em sua capa a pergunta “Quem matou o jornal?”, o fim do jornal impresso já está estipulado para acontecer no primeiro trimestre de 2043.

“De todos os meios 'antigos', os jornais são os que têm mais a perder para a internet. A circulação tem caído nos Estados Unidos, na Europa ocidental, na América Latina, na Austrália e na Nova Zelândia (nos outros lugares, as vendas sobem). Mas, nos últimos anos, a web acentuou o declínio. Em seu livro The Vanishing Newspaper, Philip Meyer calcula que o primeiro trimestre de 2043 será o momento em que o jornal impresso morrerá nos Estados Unidos, quando o último leitor cansado colocar de lado a última edição amarrotada.”


Para além dos fatores futuros e/ou contemporâneos, o fato é que o jornal impresso ainda será dono de uma fatia considerável deste bolo informativo. Pois, a grande vantagem da web – noticiar com rapidez – será ainda a munição na qual os jornais impressos irão se aproveitar. Com a rapidez em se noticiar, perde-se por não aprofundar no assunto e na forma genérica com a qual a matéria é abordada. Com o jornal impresso pode-se trabalhar com o local, mas com certa propriedade, atingindo, assim, uma das metas da notícia que é a proximidade ao fato ocorrido. Não que os blogs não façam isso, mas a notícia dada por um jornalista ainda tem maior peso do que aquela notícia dada por um blogueiro³. A outra peculiaridade é que no jornal impresso uma matéria pode ocupar o espaço de várias páginas de acordo com sua importância. É neste espaço dispensado que o jornal impresso ainda leva vantagem em relação aos demais meios de comunicação. Lidar com o local e com o aprofundamento das notícias é o que irá fazer com que o jornal impresso se mantenha em voga por um bom tempo ainda. Quanto tempo? Ninguém sabe! Mas que a história já mostrou que este meio de comunicação sempre estará apto a sobreviver, não importa o quão avançado é a tecnologia informativa. Os seus leitores estão aí para comprovar.




BIBLIOGFRAFIA:

REIS, Bianca Rocha do Nascimento. O jornal de papel na era dos veículos on-line: recursos e conceitos da internet nas páginas impressas. Orientador: Gabriel Collares Barbosa. Co-orientadora: Lucia Maria M. de Santa Cruz. Rio de Janeiro: UFRJ/ECO. Monografia em Jornalismo.


¹Bacharelando em Jornalismo – Centro Universitário Newton Paiva. Belo Horizonte, MG.

²Revista britânica Economist pergunta, na capa de sua edição de 24/8/06, "quem matou o jornal?" e contou com as informações contidas no livro de Philip Meyer.

³Blogueiro: quem noticia por intermédio de um Blog. Significação livre aferida por Fernando Henrique Liduário Maxmiano.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Robin Hood na cadeia

Dizem que a vida imita a arte e a arte imita a vida. Na ultima quarta-feira, Robério Antares, 25 anos, foi preso depois de roubar de Maria Augusta, 59 anos, a sua carteira. A ousadia não é o único fator que chama atenção para este caso, que segundo populares, “foi uma atitude digna de Oscar”. O roubo aconteceu na plataforma do metro na estação Eldorado, em contagem. Aproveitando a grande multidão, por volta das 18hr, Robério cortou a alça da bolsa da vítima e correu para fora da estação. Ao avistar o rapaz, policiais o seguiram até um ponto em que ele estava examinando a bolsa roubada. Dado o flagrante, o assaltante confessou o roubo.

Poucos segundos após o rapaz tê-la assaltado, Maria Augusta percebeu o assalto sentindo sua bolsa mais leve. Sem saber o que fazer a vítima foi acometida por um surto de histeria que a fez cair e bater a cabeça no chão. “Foi tudo muito estranho, do nada, ela começou a chorar, gritar e desabou ao chão”, lembrou um dos populares. Em questão de dois minutos, um grupo de apoio da polícia militar chegou até a vítima, já acordada, e prestou os primeiros socorros. “Fomos informados de que uma senhora estava passando mal e fomos socorrê-la. Ao chegarmos lá, ela nos contou que havia sido roubada. Mas ela está bem, foi só um susto mesmo”, informou o Sargento Rodriguez.

Ao ser informado de que a vítima ainda estava no local, Cabo Vieira, responsável pela prisão do assaltante, o levou até a vítima para um reconhecimento. Ao chegar, e ser reconhecido, Maria perguntou à Robério o porquê do roubo. “Eu não sou ladrão! Acontece que minha vizinha está passando dificuldades. Eu pensei que a senhora fosse uma dessas madames e que nem ia dar falta do dinheiro. Mas depois que vi que tinha um carnê na bolsa, vi que não era. Mas eu ia devolver. Não iria pegar de trabalhador”.

Levada ao hospital JK, em contagem, a vítima foi avaliada e liberada. Em um desabafo, ela afirmou não ter entendido a cena. “Não faço mal para ninguém! Vou à igreja sempre, ajudo meus netos e ainda sou assaltada”. E com os olhos lacrimejando, Maria foi amparada por sua filha até o carro.

Na delegacia, Libério confessou que era o terceiro assalto esta semana, “mas que ele não era ladrão, pois, estava pegando de quem não precisa para dar a quem precisa”. Com esta desculpa, o assaltante concluiu os seus dias como “Robin Hood”. O delegado, José Pessanha, declarou que “‘Robin Hood’ terá um bom tempo para avaliar a sua decisão de fazer justiça com as próprias mãos.

Rapaz faz "empréstimo" com Deus e é preso

Seguindo a máxima cristã que prega o dividir entre os mais necessitados, Adaílton Oliveira da Silva de 27 anos aproveitou o final de um culto evangélico para fazer um “empréstimo” ao caixa da igreja. Adaílton, que mora no bairro Jardim Riacho em Contagem, afirmou que não é assaltante e que iria pegar emprestado o dinheiro para quitar algumas dívidas: “achei que não iam dar falta”, reiterou. De acordo com a prª Vilma Maria de Almeida, responsável pela congregação localizada no Bairro Amazonas, em contagem, é a primeira vez em que ela presencia tal “aberração”, termo utilizado por ela ao explicar o ocorrido.

No momento do assalto, a maior parte dos fiéis estava do lado de fora da igreja onde se despediam. Mario de Oliveira, que é um dos músicos e que estava se despedindo, afirmou que “tudo aconteceu rápido demais! Aqui na igreja sempre tem pessoas novas, é impossível, para nós, saber o real interesse delas”. Adaíton aproveitou que a maior parte dos fiéis estavam distraídos e entrou sorrateiramente até o escritório da congregação. No momento em que chegou ao escritório, Adaílton se deparou com Rosangela Alvim, tesoureira da congregação, que perguntou o que ele fazia ali: “achei estranho aquele cara entrando pela porta, mas pensei que estivesse apenas perdido”. Para Rosangela, o rapaz não parecia nervoso e nem nada que pudesse chamar atenção e por isso, não se preocupou em ir atrás para se certificar de que não corriam perigo. A tesoureira ao terminar de contar as ofertas da noite guardou tudo num pequeno cofre e retirou-se da sala após ter trancado a porta.

Adaílton havia se escondido numa sala e logo após a tesoureira se retirar, ele abriu a porta forçosamente e pegou todo o dinheiro da caixinha. Como se não bastasse à ousadia, o assaltante deixou dentro da caixinha um bilhete explicando o motivo do “empréstimo”, que dizia: “Por motivo de força maior, preciso do dinheiro. Não sou ladrão. Por isso estou pegando emprestado do meu pai. Devolvo quando puder.”. Ao sair da congregação, Adaílton esbarrou com Paulo Alcântara Rodriguez e o volume de dinheiro que estava escondido em sua calça veio ao chão. Por azar, Paulo era cabo da polícia militar, que ao avistar a cena, deduziu que se tratava de um furto. Na mesma hora, Paulo deu voz de prisão e solicitou a presença de uma viatura ao local.

Já na delegacia, descobriram que este não foi o primeiro furto de Adaílton, que já havia furtado mais duas igrejas em menos de duas semanas. Ao confessar ter tido participação noutros furtos, o criminoso foi taxativo ao dizer que “não se trata de um roubo, mas sim de um empréstimo”! A prª Vilma Maria de Almeida, responsável pela congregação, afirmou que não irá apresentar uma queixa contra Adaílton. Segundo ela, “todos merecem uma segunda chance, ainda que tenha tentado assaltar a casa de Deus.”

Tinha que fazer uma plástica

Dona de casa é acusada por doméstica de tê-la demitido por ser feia. Se for comprovado, indenização pode chegar a R$ três mil.

Segundo a advoga Marlucia Rodrigues, que representa a doméstica, chamar uma pessoa de “feia”, no mundo atual, é preconceito. “Que culpa você tem de não ser o Brad Pitt?”, questionou. A advogada prometeu batalhar por uma indenização ainda maior. “Há os danos materiais, porque a Aurelina ficou desempregada, mas e os danos morais? Como que a cabeça dela vai ficar depois disso? Que mulher gosta de ser chamada de feia?”- provocou.

De acordo com o jurista, Nelson Machado da Luz, se for comprovado o dolo, a Villacy pode pegar até dois anos de cadeia. Pelo telefone, a patroa nega a acusação. “Nunca falei isso; tenho o maior respeito pela Aurelina... agora, se você quiser acreditar numa empregada, isso é problema seu, meu filho”, argumentou.

Apesar da negação, Aurelina afirma ter sido vítima de uma perseguição por parte da família de Villacy. “Todo mundo me humilhava naquela casa; minha patroa me falava que eu tinha que fazer uma plástica. E eu lá tenho dinheiro para fazer isso?”, contra-argumentou.

Indiferente a esta discussão, o jurista concorda com a advogada Marlúcia quando afirma que “boa aparência não é sinônimo de decência e de probidade moral” e caso esta “acusação” seja comprovada, caracterizará um crime que Villacy responderá em juízo.

Crime revela a mentalidade de uma época

Passados 60 anos de um crime que mostrou à sociedade mineira a existência de uma rede de homossexuais na capital, pouca coisa mudou e a grande sensação de que ainda somos uma sociedade preconceituosa continua a incomodar alguns belo-horizontinos.

“Onde iremos chegar?”, esta foi a pergunta que toda sociedade belo-horizontina se fez após o vatídico cinco de dezembro de 1946, quando Luiz Gonçalves Delgado fora brutalmente assassinado no Parque Municipal. A vítima recebeu 28 facadas e foi encontrado por estudantes que encurtavam caminho até sua escola passando pelo parque. Após seis décadas, esta pergunta ainda não encontrou resposta. A sociedade continua sem saber qual será o próximo limite a ser testado e quebrado por assassinos que não ligam para a moral que cerca a existência humana. Mas de uma coisa todos podem esperar: novas formas de brutalidade e justificativas irão fazer com que todos continuem boquiabertos e com uma sensação de insegurança cada vez maior. Se antes a população de Belo Horizonte ficou chocada com este crime bárbaro, hoje, crimes como este se vê aos montes. Nem por isso avistamos uma população em polvorosa. Os crimes que tiram o sono do mundo são aqueles que fogem ao comum. Crimes bárbaros não são mais suficientes para causar comoção pública. Eles têm de ser únicos. Mesmo não sabendo o que é pior, se é não ter a mínima idéia do limite da ignorância humana ou se é o não dar a mínima importância para a existência desta brutalidade, todos clamam por uma sociedade mais humanitária.

Sem fazer muita força, é possível lembrar-se de amigos, conhecidos ou parentes que tiveram o seu direito a vida cerceada por motivos banais e que comumente se apresenta de forma brutal. Hoje em dia já não é tão incomum assim. Quando a sociedade começou a não dar importância às pessoas que são mortas? Seria necessário traçar um parâmetro sobre a Belo Horizonte de 60 anos atrás com a Belo Horizonte de nossa contemporaneidade. Lembrar de casos como o ocorrido no Parque Municipal é propiciar à população uma reflexão crítica sobre o caminho que iremos, quiçá queremos, percorrer. É uma das poucas tentativas de fazer com que a banalização da vida humana não caia no descaso total.

A vítima deste trágico assassinato era um homem distinto que pertencia à classe média da época, não havia nada que o desmerecesse. Com a sua ocupação profissional e sua posição privilegiada, Luiz não teria razão alguma para estar correndo perigo. Pelo menos, não teria. Luiz Gonçalves Delgado teve o seu assassinato atrelado a um relacionamento homoerótico. Para a sociedade da época, o tabu da sexualidade era vivenciado por todas as famílias tradicionais. Se em pleno século XXI, a homossexualidade continua sendo combustível para intolerâncias e agressões, o que dirá, então, naqueles dias em que expor sua sexualidade era uma afronta aos bons costumes.

Este crime perturbou consideravelmente o pacato cenário que a Belo Horizonte tinha em meados dos anos 40. Não apenas por se tratar de uma vida que foi perdida, mas pela combinação de 4 fatores, segundo o pesquisador Luiz Morando. A barbaridade com a qual o a vítima foi assassinada é o primeiro fator a ser levado em consideração, pois, o assassino desferiu 28 golpes em sua vítima. Em seguida, pelo local onde o corpo foi encontrado, um recanto ermo e bucólico do Parque Municipal, na região central da cidade. Em terceiro, pela suspeita, tornada forte ao longo dos anos, de envolvimento homoerótico entre vítima e criminoso. Quarto, derivado do terceiro aspecto, pelo envolvimento de diversos indivíduos que interligavam, entre si, as camadas mais polarizadas da sociedade: a elite e a boemia malandra.

Em virtude desta situação, em meio ao grande alarde e notoriedade nacional que este caso suscitou à BH, descobriu-se um segmento que até então estava escondido aos olhos da sociedade mineira. Algo que era impensado e que até hoje é motivo de espanto para muitos. Uma rede social de homossexuais presente na cidade. Há 60 anos, esta rede era mantida por personalidades exóticas com seus pseudônimos sendo levado ao mais alto nível de criatividade e que contava com muitos indivíduos. “É significativo que um crime, promovido de maneira tão violenta, revele ainda, ou pelo menos dê indícios, a mentalidade de uma época sobre questão tão crucial que é o lugar social reservado a homens homossexuais”, argumento o pesquisador.

Após esta descoberta, a brutalidade deixou de ser a cerne deste caso para dar lugar ao modo como a população tratou toda esta trama. Como um circo que chega a cidade, populares iam às sessões para saciar o seu desejo de descontração. A busca pela justiça deu lugar ao parvo entretenimento. Que contou com a ajuda do acaso ao juntar numa mesma trama a participação de indivíduos e situações dos mais variados estilos. Teve poeta acusado de assassinato, que teria assumido a autoria em seus poemas e que foi acusado pela sua esposa e confirmado por seus amigos. Crianças sendo privadas de sua ingenuidade ao presenciar a cena de um conceituado contabilista atirado ao chão. Roupas ensangüentadas que somem do necrotério, misteriosamente. Filho da empregada doméstica sendo acusado. E para terminar o grande, porém qualificado enredo, contou com a presença de dois grandes advogados: Dr. Pedro Aleixo e Dr. João Pimenta da Veiga. Tudo isso acompanhado por uma multidão de expectadores extasiados por toda aquela agitação.

Este crime deu lugar a uma nova realidade. Abriu o olho daquela sociedade para os fatos que não queria ser visto, mas que se encontrava efervescente na capital mineiro. O crime não foi o único a ser praticado contra os homossexuais naquele momento. Luiz Morando, durante sua pesquisa, descobriu que em novembro de 1954, ano em que o suposto assassino foi levado a julgamento, um cozinheiro homossexual foi assassinado a pedradas em uma madrugada, na praça Vaz de Melo, na Lagoinha. Nas décadas seguintes, outros homossexuais são assassinados, casos que podem ser acompanhados pela imprensa local. De que outra maneira a sociedade mineira poderia ter consciência de que a pacata, e até então ingênua, Belo Horizonte tinha virado uma cidade pluralista e como todas as grandes cidades, até mesmo os crimes teriam maior repercussão se este caso não tivesse acontecido? Os belo-horizontinos daquela época tiveram um previa do mundo que seus filhos iriam viver. Um mundo marcado pela banalização da vida humana. Marcado também pelo ódio ao desigual. Como bem lembrou Luiz Morando, passados 60 anos, as condições da cidade são completamente diferentes. As circunstâncias e fatores que modificaram sua aparência não foram suficientes, no entanto, para alterar certa mentalidade que vê na rede social de homossexuais um alvo fácil e frágil de chantagens e extorsões. Embora o quadro seja outro, sobretudo pela ampliação das políticas públicas para manutenção de ações que preservem os direitos humanos, civis e sociais, ainda homossexuais são vítimas de malfeitores. O prof. Luiz Mott divulga anualmente seu levantamento, feito por meio da imprensa, de assassinatos de homossexuais. Por meio desse trabalho, podemos verificar que a cada dois dias é assassinado um homossexual (seja gay, lésbica ou travesti). A mobilização precisa ser contínua para que caia. Para isso, dependemos de mudanças, que se faz no dia a dia, na mentalidade social, tornando a população mais tolerante e esclarecida.

Por dentro do Assunto

O crime do parque municipal ficou marcado por diversos fatores:

* A sociedade mineira ainda não havia presenciado tamanha barbárie.

* O crime foi ligado, através das investigações policiais, à vida sexual da vítima. Dando ao caso uma suposta motivação passional entre um relacionamento homossexual da vítima com o seu algoz.

* Este assassinato trouxe a tona a realidade homoerótica que era bastante viva em meio à sociedade.

* A brutalidade com a qual Luiz Gonçalves Delgado foi assassinado. Ele foi encontrado com 28 perfurações de faca.

* Pelas idas e vindas de suspeitos, acusações intrigantes e pelos advogados que estavam no caso.

* Quem encontrou o corpo foi algumas estudantes que estavam cortando caminho para ir ao colégio.

Observando todos estes fatores, fica claro o motivo pelo qual este crime suscitou comoção pública entre 1946-54. Atrelado a este crime estavam os vários curiosos que se aglomeravam para acompanhar o julgamento do principal suspeito, Décio Frota Escobar. Os populares, que chegou a somar uma multidão com mais de três mil expectadores, acompanhavam ininterruptamente o julgamento. Segundo algumas matérias da época, de acordo com o que era dito no tribunal, a população vibrava ou vaiava quem discursava.

Durante quase uma década, vários delegados e investigadores tentaram elucidar o caso que até hoje encontra sem solução. Todavia, este crime trouxe Belo Horizonte para o destaque das páginas de jornal de Rio de Janeiro e São Paulo. Até então, crimes deste porte só eram avistados nestas cidades, que ditavam o ritmo a ser seguido pelas demais cidades brasileiras, até mesmo em se tratando de crimes.

Belo Horizonte de 1940

O Crime do Parque ocorreu em uma cidade que, embora capital de Estado, ainda guardava traços muito peculiares de provincianismo e tradição. A Belo Horizonte de 1946 possuía em torno de 200.000 habitantes, já tendo estourado a previsão populacional para a qual havia sido planejada em fins do século XIX. A cidade recebia um fluxo de migrantes considerável, embora não tão alto quanto São Paulo. Seu clima atraía pessoas doentes com tuberculose, encaminhadas para tratamento. Na década de 1940 a cidade era despertada para seu segundo ciclo de desenvolvimentismo (o primeiro havia sido na segunda metade da década de 1920), representado pela abertura da avenida Amazonas até aonde seria implantada a Cidade Industrial, segundo o planejamento de Juscelino Kubistcheck. A vida social e cultural era considerada pacata, embora alguns crimes já tivessem tumultuado esse cotidiano calmo. A polícia, por sua vez, lidava com diversas categorias dos considerados malandros: rufiões, ventanistas, pedintes, cáftens, pequenos assaltantes.

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Crítica ao cotidiano neo-liberal

Muito se é falado em nossa contemporaneidade sobre globalização, democracia, cidadania e, sobretudo, da soberania do Estado brasileiro. Dias atrás, li sobre uma região internacional que antes pertencia apenas ao Brasil. Sim! A internacionalização da Amazônia fora vociferado tantas vezes pelas mídias que até tornou tal possibilidade real. Já estava me preparando para aceitar a idéia de que enfim, a Amazônia fora vendida! Neste mesmo momento, as relações conflituosas entre a globalização e a soberania fizeram com que o conceito de soberania sofresse uma “metamorfose” que a distanciou do seu conceito original.

A globalização trouxe a máxima do “mercado comum”, algo que na idéia primeira viria para dar um sentido para a lógica mercadológica do neoliberalismo. Porém, ate se chegar neste estágio – se é que algum dia chegou – há de se compreender que duas etapas são necessárias: zona de livre comércio¹ e união aduaneira². Ambas são responsáveis por uma nova compreensão do que é, na prática, a soberania de um Estado Nação.

¹Zona de livre comércio: Grupo de países que concordou em eliminar as tarifas, quotas e preferências que recaem sobre a maior parte dos (ou todos os) bens importados e exportados entre aqueles países. O propósito da área de livre comércio é estimular o comércio entre os países participantes por meio da especialização, da divisão do trabalho e da vantagem corporativa.

A área de livre comércio costuma ser vista como um passo para a instituição de uma união aduaneira. Diferencia-se desta última pela inexistência de uma política comercial comum (como, por exemplo, uma tarifa externa comum), adotada por todos os países participantes e válida para as importações provenientes de fora da área.

As áreas de livre comércio são criadas por meio de acordo de livre comércio (ALCs) entre dois ou mais Estados. [Wiki]

²União aduaneira: Uma união aduaneira é uma área de livre comércio com uma tarifa externa comum, ademais de outras medidas que conformem uma política comercial externa comum. Entre um grupo de países ou territórios que instituem uma união aduaneira, há a livre circulação de bens (área de livre comércio) e uma tarifa aduaneira comum a todos os membros, válida para importações provenientes de fora da área. [Wiki]